terça-feira, 6 de março de 2007

Entretenimento


Sete mais bonito para a nova temporada
Um dos mais antigos teatros em funcionamento do Brasil recebe manutenção

A preservação de um prédio é de extrema importância para manutenção de suas atividades, especialmente quando esse prédio é Patrimônio Histórico Nacional, como é o caso do Theatro Sete de Abril (tombado em 1972), um dos mais antigos teatros em funcionamento do Brasil. Localizada em Pelotas (RS), a casa de espetáculos recentemente passou por um processo de manutenção. O objetivo era deixar o local mais bonito para a temporada de espetáculos 2007. As atividades de manutenção terminaram no dia 27 de fevereiro.


Funcionários do Theatro: bilheteiros, técnicos e cenógrafos, e uma equipe de trabalhadores da prefeitura do município fizeram um mutirão de limpeza e reparos na fiação elétrica. Também foram substituídos os tecidos que fazem parte da caixa preta (palco) do teatro, desgastados devido ao tempo de uso.


Para a diretora executiva do local, Annie Fernandes, o Theatro deveria receber uma manutenção anual e de forma mais profunda. “Assim como em qualquer outro patrimônio, isso [manutenção anual e de forma mais profunda] evitaria restauro maior, com ônus maior, com menos investimento anual” (sic). E em se tratando de equipamentos, o Sete, como é carinhosamente conhecido por algumas pessoas, já adquiriu um microfone e um dvd novos.


No que diz respeito à seleção de espetáculos em cartaz, o Theatro conta com uma comissão de sessão de pautas, formada por voluntários das Universidades Católica (UCPel) e Federal (UFPel) de Pelotas e da Secretária Municipal de Cultura (Secult), que são responsáveis por trazer “atividades de nível e de qualidade. Mas tudo isso só é possível graças ao apoio inestimável que recebemos da Secult”, destaca Annie.


Theatro é referência

O Theatro Sete de Abril foi à primeira casa de espetáculos a abrir suas portas às artes cênicas no Rio Grande do Sul, quando o estado ainda era conhecido como Província de São Pedro (século XIX), e a quarta no Brasil. Dentre seus visitantes ilustres está Princesa Isabel, que compareceu à vários espetáculos.


As companhias líricas, dramáticas, cômicas e de operetas, por exemplo, chegadas ao Rio Grande do Sul pelo porto de Rio Grande (cidade onde começou o estado), apresentavam-se aqui sempre em primeira mão, depois passavam por Porto Alegre e excursionavam ao interior; na volta costumavam reapresentar-se no famoso Teatro.


Artistas de renome, como a própria cantora lírica pelotense Zola Amaro (1891-1944)
, Raul Cortez (1932-2006) e Renata Sorrah, também se apresentaram no palco do Sete.
Leia mais sobre o assunto:
http://www.amspublic.com.br/webdoces/pelotas/inf_teat_sete.asp; http://www.teatrosetedeabril.com.br

Saiba mais sobre Zola Amaro: http://pt.wikipedia.org/wiki/zola_Amaro
Saiba mais sobre Raul Cortez: http://pt.wikipedia.org/wiki/Raul_Cortez
Saiba mais sobre Renata Sorrah: http://pt.wikipedia.org/wiki/Renata_Sorrah
História
O nome, Theatro Sete de Abril, foi colocado pelos sócios da Sociedade Dramática existente na Vila de São Francisco de Paula, atual Pelotas, que homenagearam com o nome de batismo a data atual em que o imperador Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho, Pedro II, fato histórico considerado como segunda independência do Brasil. O Theatro foi inaugurado em 2 de dezembro de 1833, dia do aniversário de Dom Pedro II, e por isso ficou duplamente ligado à figura do Imperador.


A cidade de Pelotas, sede do Theatro, é famosa por seu passado. Na história econômica, a cidade destacou-se pela produção do charque, que era enviado para todo o Brasil, e fez sua riqueza em tempos passados. O português José Pinto Martins foi um dos primeiros a chegar à cidade, imigrando originalmente para o Ceará, estabelecendo às margens do Arroio Pelotas a primeira indústria saladeril, de produção de charque, em 1780. Aproveitou a grande abundância de matéria-prima que se encontrava nos campos, o gado bovino.
Saiba mais sobre o assunto:
http://www.ufpel.tche.br/pelotas/





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