terça-feira, 29 de maio de 2007

Resenha crítica


Iii...Se confundiu, professor?


A edição 2007 do Celacom teve algumas peculiaridades. Aluno que confundiu comunicólogo de renome com funcionário de livraria (isso foi engraçado...;não desmerecendo tal profissão, muito importante salientar!), distanciamento, indiferença da parte de um dos teóricos mais esperados para o evento, Eliseo Verón - pelo menos foi a impressão que muitos alunos tiveram , e a permanente contradição de um comunicólogo bem conhecido na área do jornalismo online, Elias Machado (UFSC). E será sobre a apresentação de Machado que discorrerei nesse texto.

Na companhia de Alex Primo (UFRGS) e Vinícius Pereira (ESPM SP/RJ) , Elias Machado foi o último dos três a "palestrar" , no último dia do evento. Aliás, a Mesa Redonda sobre Gêneros Digitais era uma das mais aguardadas. Mas, para a surpresa quase geral do público, o comunicólogo que fez os alunos de jornalismo digital da professora Raquel Recuero (me incluo no grupo) refletir e idealizar acerca de um novo gênero de jornalismo - Elias escreveu em mais de um artigo, e muitos de nós escrevemos um bom número de resenhas, afirmando que o jornalismo digital é um novo gênero de jornalismo -, além de deselegante com os colegas, disdisse, se é que este termo existe, tudo que havia escrito sobre este particular. Parecia confuso, até.

Quase ao final de sua explanação, Machado também criticou os acadêmicos de Comunicação. "Os acadêmicos são muito críticos. Adoram fazer críticas, mas não apresentam soluções". O professor disse ainda que alguns alunos lhe indagam por que o site da Folha de São Paulo é tão parecido com o jornal impresso. Pra tal "reclamação", Machado tem uma resposta, e respondeu no Celacom. "Ora, se é assim, se existe, é porque funciona"! Simples, né?

Você colega, especialmente você que como eu já está concluindo a matéria de jornalismo digital e que assistiu à palestra, encontrou sentido nessa explicação do professor? Pois é, nem eu. Então porque ele dispensou tempo e neurônios escrevendo considerações sobre o jornalismo digital, como, por exemplo, que ele é um novo gênero? O digital não é um novo gênero de jornalismo? Acredito que sim, mais ainda por causa das características da internet (hipertextualidade, velocidade...); as mesmas características que eu, por "algariação", não escrevi na prova que fiz há pouco. O professor Machado, pior, acho que faltou a essa aula!