terça-feira, 20 de março de 2007

Economia (matéria opinativa)




Álcool mais caro nas bombas e no bolso
fim da entressafra é razão para o aumento do valor do combustível


O álcool passará a ficar mais caro nas bombas nos postos a partir das próximas semanas. A razão é que março é oficialmente o último mês de entressafra - período em que não se colhe cana de açúcar. E aos poucos o motorista vem sentindo o prejuízo no bolso, especialmente o motorista que utiliza o carro para se deslocar até o trabalho diariamente, por exemplo.

Há pouco mais de duas semanas o litro do álcool subiu de R$ 0,82 para R$ 0,84 nas usinas, descontados os impostos, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Para a pesquisadora do Cepea, Marta Cristina Marjotta-Maistro o momento era esperado. "A oferta diminuiu e a demanda continuou crescendo". O processo de moagem, ou prensagem da cana-de-açúçar já começa nesta semana em algumas fazendas, dando início a nova safra.

Mesmo com o aumento no preço do combustível, a pesquisadora avalia como tranquila a entressafra de 2oo7 se comparada a do ano passado. " "Este ano os preços nem chegaram a passar de R$ 1". Em março do ano passado, o álcool chegou a ser vendido a R$1,24 nas usinas.

Consumidor
Para o funcionário-público Marcelo Ribeiro, 33, a suba no valor do litro do álcool - de R$0,82 para R$0,84 - ao contrário do que possa parecer, pesa sim no bolso do motorista. "De dois em dois centavos, faça o cálculo para ver quanto você gasta por mês só em combustível. É muito dinheiro! O álcool, tudo aumenta, menos o salário do trabalhador", desabafa.


Cana-de-açúcar
Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), houve um crescimento de 10,1% no total de cana moída na região Centro-Sul na safra 2006/07. A região abrange os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (região Sul), São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais - menos o norte de MG (região Sudeste), além dos estados de Mato Grosso do Sul, sul de Tocantins e de Mato Grosso, Goiás e o Distrito Federal. Compreende aproximadente 2,2 milhões de km² (cerca de 25% do território brasileiro).

Foram processadas 371 milhões de toneladas, produzindo 25,8 milhões de toneladas de açúcar e 15,9 bilhões de litros de álcool. O aumento da oferta de açúcar foi de 17% e de álcool, 11,2% em relação à safra anterior.
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